Autor desconhecido

Certa vez aconteceu uma grande festa, a Festa das Luzes.

Grandes lustres exibiam sua imponência no salão, havia lâmpadas famosas, coloridas e todo tipo de luz que se possa imaginar, todas pertencentes à mais alta sociedade da iluminação que até então o homem havia inventado. Era tudo muito chique.

De repente, no meio de tanta riqueza apareceu uma vela. Pequenina, com uma luz fraquinha, quase imperceptível por causa do brilho das outras luzes. Mesmo assim ela começou a andar pelo salão. As grandes luzes ficaram indignadas com tamanha audácia.

Como ousava aquela pequenina vela vir participar de uma festa tão nobre! Começaram então a ofender a coitadinha da vela e diziam:

– Que ousadia! Essa vela tão insignificante tem a coragem de vir aqui nesta festa onde estamos, será que não se envergonha em ver nossa superioridade?

– Aqui não é o seu lugar, vela atrevida, vá embora daqui!

A pequenina vela ouvia tudo e humildemente se calava.

De repente aconteceu um imprevisto. Deu um curso circuito e todas as luzes, minutos antes tão imponentes, estavam agora apagadas, mortas. Só a pequena vela brilhava no salão.

E foi com essa vela que o eletricista pode, depois de muita luta, consertar as instalações elétricas.

Assim que as luzes se acenderam, perceberam a injustiça que tinham feito com a pobre velinha e a procuraram para agradecer e pedir perdão. Porém já era tarde. O esforço de ajudar o eletricista foi muito grande e a pequena vela estava morrendo.

As grandes luzes compreenderam o mal que haviam praticado. A pequena vela deu a sua vida para salvá-las, mesmo depois de ter sido tão humilhada.

Conselho de vó: Nunca trate mal nenhuma pessoa por causa de sua aparência ou sua condição social, a vida dá voltas e todos são importantes em algum momento.

***

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Veja aqui a história da Raposa e os Gansos

Maria Cecilia

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