Guarda-chuvas

Poema de Rosana Rios

Tenho quatro guarda-chuvas

todos os quatro com defeito;

Um emperra quando abre,

outro não fecha direito.

Um deles vira ao contrário

seu eu abro sem ter cuidado.

Outro, então, solta as varetas

e fica todo amassado.

O quarto é bem pequenino,

pra carregar por aí;

Porém, toda vez que chove,

eu descubro que esqueci…

Por isso, não falha nunca:

se começa a trovejar,

nenhum dos quatro me vale –

eu sei que vou me molhar.

Quem me dera um guarda-chuva

pequeno como uma luva

Que abrisse sem emperrar

ao ver a chuva chegar!

Tenho quatro guarda-chuvas

que não me servem de nada;

Quando chove de repente,

acabo toda encharcada.

E que fria cai a água

sobre a pele ressecada!

Ai…

***

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