O gato de sete caudas

História chinesa

Certa vez, um gato procurou Buda porque queria alcançar a iluminação. Buda, compadecido do pedido do gato, lhe fez uma proposta.

Ele poderia lhe fazer pedidos, a cada pedido concedido por Buda ele ganharia uma cauda, quando completasse as sete caudas ele alcançaria a iluminação.

O gato ficou animado com a proposta, aceitou prontamente e já começou a pensar no seu primeiro pedido.

Depois de pensar um pouco pediu a Buda que pudesse caminhar em duas patas, como os humanos.

O seu pedido foi atendido e o gato começou a caminhar em duas patas, logo em seguida ele também ganhou uma nova cauda e foi embora feliz, porém, em pouco tempo sua cauda desapareceu e ele perdeu a capacidade de caminhar em duas patas.

Rapidamente ele procurou Buda para reclamar da situação. O mestre propôs que ele fizesse um novo pedido.

O gato então pediu para que conseguisse hipnotizar os ratos e assim caçar mais facilmente, o pedido foi atendido, mas pouco tempo depois ele perdeu seus poderes e sua cauda extra.

Ao longo dos dias o gato fez dezenas de pedidos egoístas, achando que assim poderia alcançar a iluminação, mas sempre perdia seus poderes e as caudas extras, sendo impossível completar as sete caudas.

Um dia, enquanto descansava em um jardim, viu uma criança chorando. Se compadeceu do menininho e se aproximou dele. Em pouco tempo começaram a brincar e se divertiram por toda a tarde. O menino lhe contou que chorava de fome.

Naquela noite o gato procurou Buda e pediu pelo menino e sua família, para que nunca mais passassem fome.

Assim, o gato ganhou uma linda cauda, mas diferente das outras vezes a cauda não desapareceu com o tempo.

No dia seguinte o gato encontrou um senhor idoso que gemia de dor, ele procurou a Buda e pediu pela saúde do homem. Logo em seguida ele ganhou outra cauda que não desapareceu com o tempo.

Em poucos dias, ao fazer p

edidos altruístas, o gato completou as sete caudas e alcançou a iluminação.

Buda lhe explicou que pedidos egoístas nunca podem levar a iluminação, somente desejos bondosos e caridosos com os que nos cercam.

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